Segundo episódio do projeto A Extinção É Para Sempre.
Nesta performance, o elenco monta um chão feito com lajotas e pães impróprios para consumo. Sobre esse terreno, os artistas caminham e dançam, quebrando e modificando esse chão-pão. No meio da cena, dois monitores trazem trechos em loop de filmes de Glauber Rocha, “Deus e o Diabo na Terra do Sol” e “Terra em Transe”, mais especificamente da frase “A culpa não é do povo”, que se repete nos dois longas. A violência do discurso e do pisar sobre o pão, sobre o alimento, se contrapõe à leveza dos movimentos dos performers. Os espetáculos/performances foram transmitidos ao vivo nos dias 28, 29 e 30 de maio de 2021.
Criação: Nuno Ramos
Coreografia e roteiro: Nuno Ramos, Tarina Quelho e Vicente Antunes Ramos
Dançado em colaboração criativa por: Allyson Amaral, Eduardo Fukushima, Isis Andreatta, Leandro Souza e Tenca Silva
Direção musical: Romulo Fróes
Desenho e operação de luz: Matheus Brant e Gabriela Miranda
Trilha sonora: Luisa Puterman
Figurinos: Valentina Soares e Marta Pires
Direção técnica: André Boll e William Zarella Jr.
Direção de produção: Rachel Brumana e Marisa Riccitelli Sant’ana
Produção executiva: Giovanna Monteiro, Luiza Alves e Paulo Gircys
Assistente técnica: Giovanna Kelly
Cenotécnicos: José da Hora e Fernando Zimolo
Consultoria técnica: Rodrigo Gava
Consultoria em panificação: Cintia Bonfim Souza
Fotos divulgação: Matheus Brant
Direção de filmagem: Pedro Nishi
Steadycam: Daniel Lupo
Edição de vídeo: Junae Andreazza
Agradecimentos: Artenafex, UMA e TONDO S/A
Os pães utilizados neste espetáculo são impróprios para consumo
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O projeto A Extinção É Para Sempre é composto por um conjunto de obras envolvendo cinema, performance, literatura, teatro, artes visuais, dança e música. Essa diversidade de gêneros possui um núcleo poético comum: a tentativa de responder a temas que atravessam hoje o espaço público com tanta frequência e naturalidade que correm o risco de passarem despercebidos. Tratam da necessidade do luto, da naturalização da violência, dos desastres da guerra, da ameaça de extinção não apenas das espécies, mas das próprias instituições; da mudança radical do conceito de povo, da violência e da memória histórica presente nos edifícios e nos monumentos.
O conjunto é formado por sete episódios: CHAMA, Monumento, Chão-Pão, Iracema Fala, Os Desastres da Guerra, Helióptero e A extinção é para sempre.
Os demais episódios seguem em desenvolvimento no laboratório artístico e seus desdobramentos públicos estarão sujeitos às possibilidades de interação que as mudanças no contexto da pandemia venham a permitir nos próximos meses.