Quarto episódio do projeto A Extinção É Para Sempre
“Iracema: Uma Transa Amazônica”, filme de 1976 de Jorge Bodanzky e Orlando Senna, é reencenado numa inversão de papéis. Quem agora revisita o trabalho é Edna de Cássia, protagonista do longa. Nele, interpretou uma indígena que se esquece de suas origens e segue num percurso de prostituição, abusos e decadência. Edna era adolescente quando participou da obra e chegou a vencer o prêmio de atuação no Festival de Brasília, mas nunca mais filmou. Nesta releitura, é a própria atriz quem comanda a cena: dirige, interfere, paralisa e comenta as cenas, criando sua própria versão da história.
Criação: Nuno Ramos
Direção e dramaturgia: Nuno Ramos, Tarina Quelho e Vicente Antunes Ramos
Com: Edna de Cassia, Allyson Amaral, Joy Catharina, Gilda Nomacce, Giovanna Monteiro e Tenca
Sonoplastia ao vivo: Ricardo Reis
Direção de Arte: Eduardo Climachauska
Direção técnica: André Boll
Direção de produção: Marisa Riccitelli Sant’ana e Rachel Brumana
Desenho e operação de luz: Wagner Pinto
Assistente de Iluminação: Gabriel Greghi
Projeto cenográfico: William Zarella Jr.
Direção de palco: Carolina Bucek
Produção de figurino: Victoria Constantino
Assistente de Figurinos: Alex Leandro
Criação de Figurino Edna de Cassia: Angélica Chaves
Sonoplastia e Consultoria audiovisual: Rodrigo Gava e Daniel Maia
Assistente técnica e operação de vídeo: Giovanna Kelly
Direção de filmagem: Pedro Nishi
Steadycam: Daniel Lupo
Execução cenográfica: Pará Movimentos
Assistente de Palco e operação travelling: Diego Dac
Catering: GL Catering
Assessoria jurídica: José Augusto Vieira de Aquino
Assistência de assessoria jurídica: Paula Malfatti
Produção executiva: Giovanna Monteiro, Luiza Alves e Paulo Gircys
Gestão e Produção: Superfície de Eventos
Trechos de diálogos apresentados neste espetáculo constam originalmente em “Iracema Uma Transa Amazônica”, filme de Jorge Bodanky e Orlando Senna.
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O projeto A Extinção É Para Sempre é composto por um conjunto de obras envolvendo cinema, performance, literatura, teatro, artes visuais, dança e música. Essa diversidade de gêneros possui um núcleo poético comum: a tentativa de responder a temas que atravessam hoje o espaço público com tanta frequência e naturalidade que correm o risco de passarem despercebidos. Tratam da necessidade do luto, da naturalização da violência, dos desastres da guerra, da ameaça de extinção não apenas das espécies, mas das próprias instituições; da mudança radical do conceito de povo, da violência e da memória histórica presente nos edifícios e nos monumentos.
O conjunto é formado por sete episódios: CHAMA, Monumento, Chão-Pão, Iracema Fala, Os Desastres da Guerra, Helióptero e A Extinção é Para Sempre.
Os demais episódios seguem em desenvolvimento no laboratório artístico e seus desdobramentos públicos estarão sujeitos às possibilidades de interação que as mudanças no contexto da pandemia venham a permitir nos próximos meses.