A Extinção É Para Sempre: Iracema Fala

2021

Quarto episódio do projeto A Extinção É Para Sempre

“Iracema: Uma Transa Amazônica”, filme de 1976 de Jorge Bodanzky e Orlando Senna, é reencenado numa inversão de papéis. Quem agora revisita o trabalho é Edna de Cássia, protagonista do longa. Nele, interpretou uma indígena que se esquece de suas origens e segue num percurso de prostituição, abusos e decadência. Edna era adolescente quando participou da obra e chegou a vencer o prêmio de atuação no Festival de Brasília, mas nunca mais filmou. Nesta releitura, é a própria atriz quem comanda a cena: dirige, interfere, paralisa e comenta as cenas, criando sua própria versão da história.

Criação: Nuno Ramos

Direção e dramaturgia: Nuno Ramos, Tarina Quelho e Vicente Antunes Ramos

Com: Edna de Cassia, Allyson Amaral, Joy Catharina, Gilda Nomacce, Giovanna Monteiro e Tenca

Sonoplastia ao vivo: Ricardo Reis

Direção de Arte: Eduardo Climachauska

Direção técnica: André Boll

Direção de produção: Marisa Riccitelli Sant’ana e Rachel Brumana

Desenho e operação de luz: Wagner Pinto

Assistente de Iluminação: Gabriel Greghi

Projeto cenográfico: William Zarella Jr.

Direção de palco: Carolina Bucek

Produção de figurino: Victoria Constantino

Assistente de Figurinos: Alex Leandro

Criação de Figurino Edna de Cassia: Angélica Chaves 

Sonoplastia e Consultoria audiovisual: Rodrigo Gava e Daniel Maia

Assistente técnica e operação de vídeo: Giovanna Kelly

Direção de filmagem: Pedro Nishi

Steadycam: Daniel Lupo

Execução cenográfica: Pará Movimentos

Assistente de Palco e operação travelling: Diego Dac

Catering: GL Catering

Assessoria jurídica: José Augusto Vieira de Aquino

Assistência de assessoria jurídica: Paula Malfatti

Produção executiva: Giovanna Monteiro, Luiza Alves e Paulo Gircys

Gestão e Produção: Superfície de Eventos

Trechos de diálogos apresentados neste espetáculo constam originalmente em “Iracema Uma Transa Amazônica”, filme de Jorge Bodanky e Orlando Senna.

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O projeto A Extinção É Para Sempre é composto por um conjunto de obras envolvendo cinema, performance, literatura, teatro, artes visuais, dança e música. Essa diversidade de gêneros possui um núcleo poético comum: a tentativa de responder a temas que atravessam hoje o espaço público com tanta frequência e naturalidade que correm o risco de passarem despercebidos. Tratam da necessidade do luto, da naturalização da violência, dos desastres da guerra, da ameaça de extinção não apenas das espécies, mas das próprias instituições; da mudança radical do conceito de povo, da violência e da memória histórica presente nos edifícios e nos monumentos.

O conjunto é formado por sete episódios: CHAMA, Monumento, Chão-Pão, Iracema Fala, Os Desastres da Guerra, Helióptero e A Extinção é Para Sempre.

Os demais episódios seguem em desenvolvimento no laboratório artístico e seus desdobramentos públicos estarão sujeitos às possibilidades de interação que as mudanças no contexto da pandemia venham a permitir nos próximos meses.